Por Antônio Tozzi

Com a proximidade das eleições, temos de reforçar nossa precauções contra a enxurrada de notícias
falsas que deverão invadir nossos emails e, pior ainda, nossa mentes.

Esse ano vai ser bastante agitado na política dos Estados Unidos e do Brasil. Na América do Norte,
haverá eleições gerais, com destaque para a escolha do próximo presidente da nação mais poderosa do
planeta. Ironicamente, os dois postulantes ao cargo são Donald Trump, pelo Partido Republicano, e Joe
Biden, candidato escolhido pelo Partido Democrata para obter a reeleição, repetindo a disputa com os
mesmos contendores em 2020. No caso brasileiro, serão realizadas as eleições municipais, com as
escolhas de prefeitos e vereadores.

Diante desses cenários, os parlamentos dos dois países trabalharão bem pouco no segundo semestre
do ano, uma vez que estarão envolvidos com suas próprias reeleições ou trabalhando pelas eleições de
seus partidários.

A tecnologia vem a cada eleição interferindo mais efetivamente no processo eleitoral. Recentemente,
estamos vendo a veiculação de notícias fabricadas, de acordo com os interesses de cada partido. Hoje,
as chamadas fake news estão insidiosamente presentes em todos os processos.

Eu mesmo recebo regularmente notícias, fotos e vídeos claramente manipulados. Por ser criterioso e
conhecer esses processos, em função da minha profissão, simplesmente descarto ou ignoro a
“informação”. Entretanto, grande parte dos receptores são suscetíveis a esse tipo de postagem e
imediatamente começa a compartilhá-la, criando, assim, uma bola de neve que acaba ganhando
enormes proporções.

As pessoas que se encarregam da disseminação dessas fake news são chamadas jocosamente de “tias
do zap”. Ora, por serem pessoas com pouco conhecimento do intrincado jogo político, passam a
distribuir esse material sem a devida checagem.

Para sermos justos, esse procedimento é adotado por simpatizantes dos mais diversos campos
ideológicos, pois ambos recorrem a esses artifícios com o objetivo maior: capturar a simpatia do
destinatário, atraindo-o para aquele grupo e, sobretudo, angariar mais um possível eleitor.
Isso vem sendo usado de maneira bastante pelos marqueteiros de todos os espectros ideológicos, com
relativo sucesso, por concentrar seus esforços nas pessoas menos informadas.

Com o atual desenvolvimento das ferramentas tecnológicas, ficou ainda mais fácil delimitar o campo de
ação dos marqueteiros, porque os SEO das empresas de tecnologia conseguem estabelecer o perfil
ideal do possível público.

Esse ano, porém, deverá ser utilizado com muita intensidade a nova estrela da comunicação social: a
Inteligência Emocional. Quem souber manipular melhor essa nova ferramenta com certeza obterá mais
sucesso em arrebanhar eleitores para seus candidatos.

O que me preocupa é saber que os marqueteiros desprezam a ética e o jogo limpo. Portanto, preparem-
se para serem bombardeados por imagens irreais, mensagens mentirosas com roupagem de verdadeiras e vídeos fantasiosos.

Saber discernir o que é verdadeiro no meio daquele monte de montagens falsas exigirá uma capacidade
de análise fantástica, pois elas virão de maneiras subreptícias e disfarçadas de informações reais.
Cabe a nós, no entanto, montarmos uma brigada de defensores dessas informações reais, lutando
fortemente para conter a disseminação dessas mensagens, ao mesmo tempo que devemos alertar os
incautos para restringir o reenvio de mensagens sem a devida checagem.
Admito ser uma tarefa hercúlea, mas apenas o exército formado por pessoas conscientes poderá
derrotar os agentes do mal, fantasiados de marqueteiros.

Você já está convidado a se alistar nesse exército! Basta apenas verificar a veracidade do material
recebido antes de apertar a tecla compartilhar!

Com mais de 40 anos de experiência como jornalista no Brasil e os EUA, acredito poder contribuir com a Abayomi para oferecer algo positivo aos seus colaboradores. Também sou corretor de imóveis na Flórida e posso auxiliar interessados em adquirir um imóvel na Flórida.

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