O Poder da Consciência

Logo no início de sua apresentação, Juliana destacou que a consciência é o alicerce de toda transformação, seja ela pessoal, profissional ou social. Segundo ela, a maneira como nos percebemos e entendemos nossas emoções, pensamentos e ações é fundamental para a resolução de problemas e para a criação de ambientes mais harmoniosos e saudáveis.

Ela explicou que a consciência é o primeiro passo para entender as origens dos nossos comportamentos e das dificuldades que enfrentamos. Ao nos tornarmos mais conscientes, ganhamos clareza sobre como estamos impactando a nós mesmos e aos outros, o que abre caminho para uma ação mais intencional e assertiva.

Ferramentas Práticas para o Desenvolvimento da Consciência

Ao longo da palestra, Juliana compartilhou diversas ferramentas práticas para o desenvolvimento da autoconsciência, como:

• Autoreflexão diária: dedicar momentos do dia para refletir sobre nossos pensamentos e emoções, identificando padrões que possam estar nos limitando.
• Meditação e práticas de atenção plena: técnicas que ajudam a trazer a mente para o momento presente, reduzindo a reatividade e aumentando a clareza mental.
• Feedback construtivo: ouvir de forma aberta as percepções de outras pessoas sobre nossas atitudes e comportamentos, usando essas informações para o autodesenvolvimento.

A Consciência na Resolução de Problemas

Juliana também abordou como a autoconsciência pode ser uma poderosa aliada na resolução de problemas, especialmente em contextos profissionais e pessoais. Ela ressaltou que, ao nos tornarmos mais conscientes das nossas reações automáticas e padrões de pensamento, podemos encontrar novas formas de lidar com situações difíceis, rompendo ciclos de estresse e frustração.

Um dos pontos altos da palestra foi a demonstração de como lidar com conflitos de maneira mais consciente pode transformar a dinâmica de grupos, equipes e famílias. Juliana enfatizou que o verdadeiro poder da resolução de problemas está em nossa capacidade de olhar para dentro, identificar o que está contribuindo para o problema, e agir a partir de uma nova perspectiva.

Conclusão: O Despertar para uma Vida Mais Consciente

Encerrando sua apresentação, Juliana nos incentiva a fazer da consciência um hábito diário, lembrando que a verdadeira transformação começa dentro de cada um de nós. A palestra foi uma verdadeira jornada de autodescoberta, oferecendo insights valiosos sobre como a consciência pode ser o ponto de partida para uma vida mais equilibrada e uma resolução de problemas mais eficaz.

Para quem não pôde acompanhar a apresentação no horário, o vídeo estará disponível em breve na página do evento no Sympla, para todos os inscritos.

In her talk, she made a compelling distinction between challenges and problems, emphasizing how our approach to them can shape the outcomes. She introduced the concept of Integral Action, a holistic method combining perception, reflection, and practice to create meaningful and lasting solutions.

Mrs. Costa’s expertise in the field is extensive. As a Conscientiologist and Educator, she has experience across all levels of Basic Education in Brazil and holds specializations in Teaching and Self-knowledge, Consciousness and Education, Neuropsychology, and Psychopedagogy. Currently pursuing a Master’s degree in Clinical and Counseling Psychology, her research focuses on Job Satisfaction, Decent Work, Big Five Personality Factors, and Mental Health. Beyond her academic achievements, she has been an influential speaker at international venues, sharing her knowledge in countries such as Denmark, Australia, the United States, Mexico, Portugal, and Brazil.

Her presentation was not just an exploration of consciousness but a call to action—encouraging each of us to harness our awareness as a tool for self-improvement and problem-solving. Mrs. Costa’s insights are invaluable for anyone looking to deepen their understanding of how consciousness can be a powerful starting point for change.

If you missed this incredible session, we highly encourage you to check out the video recording. It’s a must-watch for those interested in personal development and the practical application of consciousness in everyday life.

Stay tuned for more insightful presentations throughout the Abayomi Academy Week, and don’t miss the chance to engage with our diverse range of experts who are shaping the future of intelligent and happy environments.

Not registered for the event yet? It’s still time to do it: https://www.sympla.com.br/evento-online/abayomi-academy-week/2597360?token=580f948e4ab734f246d062226afd230b

When we talk about Prevention, we have to think about a limit. Yes, a limit, a fine line between reality and illusion. Although prevention is the idealization of something that is to come, unlike illusion, this idea is and is always based on the previous content one has regarding the experiences.  And learning that led the Human Being to reach this point in time is also part of this content. Therefore Consciousness.

Consciousness, more than makes prevention possible, hence it is not only to prevent but also to provide the necessary resolutions. Those who make use of it in an increasingly voluntary way, tend to find themselves less and less in situations that are difficult to solve. Avoiding the midst of doubts of a large scale and dimension. It is Consciousness that provides the path to prudence, which is contrary to the dazzle of the imagination.

As a human quality, Consciousness enables humanity to live based on anticipation as a safe method of action. Though without the illusion of unbridled imagination, but rather based on the solid foundation of understanding.

Consciousness is the key to prevention because it allows Human Beings to develop a coherent commitment to caution. Which is responsible for orchestrating both human actions and human consequences, or results. This leads them to even greater achievements. These achievements are due to caution, anticipation, and prevention, which makes it difficult for Human Beings to be caught by surprise.

Still, with Consciousness, there may be moments when new challenges may take place. In these moments, the Human Being can even, in order not to get frustrated, declare to themselves or others something such as “If it’s God’s desire, may it be”. However, everything that can be controlled, better known, or even understood, must be. Being ready for this is also a matter of caution, anticipation, prevention, prudence, that is, Consciousness.

From the moment Human Being understands Consciousness as a condition sine qua non-making prevention, not an illusion, they start not only to value their experiences but also to pay more and more attention to their daily lives. This way, learning improves more and more from everything that surrounds them. This is the construction of a repertoire essential to their voluntary and conscious evolution.

What if along the way this Human Being sporadically finds oneself inattentive, insecure, lost in their imagination or so? Once you have made use of Consciousness, It is always there, available for you to use it!

Although Consciousness is fundamental as well as indispensable to the Human Being, it is not held responsible for the choices they make throughout their lives. It functions as a friend, advisor, guide, and cartographer of life, whose function does not cease, even if the Human Being tries to ignore it, forget it and/or not observe it.

Once Human Consciousness is awakened, built, and developed, there will always be the possibility of resorting to this Consciousness infinitely. Because once we open the room to Consciousness, it naturally guides us. 

Therefore, it is up to the Human Being to strive for the development of their Consciousness now and forever. Thus, no need to suffer in anticipation, or better yet, due to imagination, but rather solve it all by the practice of caution and prudence and, consequently, prevention.

Not that this is the function of Consciousness. Far from it. The function of Consciousness is comprehending. Prevention is a gift provided by Consciousness.

Conscientiologist, Educator with experience at all levels of Basic Education in Brazil, and Specialist in Teaching and Self-knowledge, Consciousness and Education, Neuropsychology, and Psychopedagogy. Master’s student in Clinical and Counseling Psychology with a focus on Job Satisfaction, Decent Work, Big Five Personality Factors (Big Five), and Mental Health. Teacher of undergraduate and postgraduate courses in face-to-face and distance learning modes. Coordinator of the Support, Accessibility, and Inclusion Center at a Brazilian College. Speaker with international experience in Denmark, Australia, the United States, Mexico, Portugal, and Brazil. Writer of several articles and book chapters, as well as the series “Approaches to Consciousness in its Pragmatism”. Consultant in Education Sciences in several public and private companies.

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Quando se fala em Prevenção há que se pensar num limite. Sim, um limite, uma linha tênue entre a realidade e a ilusão. Isso porque, embora seja da prevenção a idealização de algo que está por vir, diferentemente da ilusão, essa ideia é e está sempre alicerçada nos conteúdos prévios que se tem quanto às experiências e os aprendizados que levaram o Ser Humano a chegar até este ponto em que está. Para isto: Consciência.

A Consciência, por sua vez, mais do que possibilita a prevenção, visto que é Dela também prevenir e prover. Os que fazem uso Dela de forma cada vez mais voluntária tendem a cada vez menos se encontrar em situações de difícil resolução, em meio a dúvidas de grande escala e dimensão, afinal,  é a Consciência que proporciona o caminho para a prudência, esta que é contrária ao deslumbre da imaginação.

Como qualidade humana, a Consciência possibilita à humanidade um viver pautado na antecipação como método seguro de ação, sem a ilusão da imaginação desenfreada, mas sim com base no alicerce sólido da compreensão.

Ela, a Consciência, é a chave para a prevenção, porque proporciona ao Ser Humano o desenvolvimento de um compromisso coerente com a cautela, responsável por orquestrar tanto seus atos quanto suas consequências, ou resultados, levando-o a realizações cada vez maiores. Isso porque, com cautela, ou melhor, com antecipação, ou ainda, com prevenção, dificilmente o Ser Humano é pego de surpresa.

Ainda assim, com Consciência, podem existir momentos em que o novo se faz presente. Nestes momentos o Ser Humano pode até, para não se frustrar, declarar para si ou para outrem algo como “Quando Deus quer, não tem jeito”, no entanto, tudo aquilo que pode ser controlado, ou melhor, conhecido, ou ainda, compreendido, deve sê-lo, e estar pronto para isto também é questão de cautela, antecipação, prevenção, prudência, isto é, Consciência.

A partir do momento em que o Ser Humano entende este fato, o da Consciência como condição sine qua non  para que a prevenção não se torne ilusão, ele passa a não só valorar suas experiências, como também a prestar cada vez mais atenção em seu dia a dia, de modo a cada vez mais e melhor aprender com o todo que o cerca, sendo esta a construção de repertório indispensável à sua evolução voluntária e consciente.

E se no meio do caminho esse Ser Humano se encontrar por vezes desatento, inseguro, solto em sua imaginação ou algo que equivalha? Uma vez que se lançou mão da Consciência, Ela ali está!

A Consciência, embora tão fundamental quanto indispensável ao Ser Humano, não é a responsável pelas escolhas que ele faz ao longo do seu viver. Ela é como uma amiga, conselheira, guia, uma cartógrafa da vida, cuja função não cessa, ainda que o Ser Humano tente ignorá-la, esquecê-la e/ou inobservá-la.

Uma vez despertado, construído e desenvolvido sua Consciência, o Ser Humano passa a ter sempre a possibilidade de recorrer a Ela infinitamente, pois ao dar vazão a Ela, sua tendência é fazer o resto. 

Por isso cabe ao Ser Humano primar pelo desenvolvimento de sua Consciência hoje e sempre, de modo a não mais precisar sofrer por antecipação, ou melhor, por imaginação, mas sim resolver-se por cautela, prudência, isto é, prevenção.

Não que essa seja a função da Consciência – longe disto. A função da Consciência é a compreensão, a questão é que Ela traz quase como brinde a prevenção.

Consciencióloga, Educadora com experiência em todos os níveis da Educação Básica no Brasil, Especialista em Ensino e Autoconhecimento, Consciência e Educação, Neuropsicologia e Psicopedagogia. Mestranda em Psicologia Clínica e de Aconselhamento com foco em Satisfação no Trabalho, Trabalho Digno, Cinco Grandes Fatores da Personalidade (Big Five) e Saúde Mental. Docente em cursos de Graduação e Pós-graduação nas modalidades presencial e à distância. Coordenadora do Núcleo de Apoio, Acessibilidade e Inclusão numa Faculdade Brasileira. Palestrante com experiência internacional em Dinamarca, Austrália, Estados Unidos, México, Portugal e Brasil. Escritora de diversos artigos e capítulos de livro, bem como da série “Abordagens sobre a Consciência em seu Pragmatismo”. Consultora em Ciências da Educação em diversas empresas de cunho público e privado.

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The other day I heard from a mental health professional that we shouldn’t encourage our children and students by congratulating them on their intelligence. That made me confused. How can we not encourage a person to increasingly develop their intelligence, especially in a moment when they are at their greatest productivity? 

When reflecting upon this, I found myself faced with another great question: is it possible that when mentioning intelligence the professional meant to refer to intellect? I think in this case his statement would make much more sense.

This would not be the first time that intelligence has been confused with intellect. This still occurs very frequently, as in the case of the IQ Test, whose acronym refers to the “Intelligence Quotient”, when in fact its purpose is to measure intellect.

It is not that intelligence and intellect are not related. Both are essential for human development and in a certain way we can even consider them interdependent, but one thing is one thing and another thing is another thing. 

Intellect is raw, it refers to the ability to measure, calculate, analyze, and look at each part of the whole. It reaches the tangible, the known, therefore, it imitates, copies, and interprets, but that’s it. The more intellect the Human Being has, the more full of knowledge, information, and, often, ego they are. After all, there is a tendency for the intellectual to believe in the illusion that there is only the tangible, and nothing else, even if they technically believe in science. Thus ignoring the fact that science is not and should not be taken as conclusive, definitive, or even demonstrative, as it is always subject to discoveries. It is interesting to point out that these discoveries might not even ever be reached. 

Intelligence, on the other hand, is creative, used to solve problems, understands what is intangible, and reaches the truth. It is intelligence, for example, that tends towards infinity, because, when making use of it, the Human Being is in direct contact with the unknown, through a source that never ends. It is, even in its smallest particle, a source of wisdom, of novelty, it is a path for the Human Being to encounter himself. For this reason, too, the vision of the whole, beyond the vision of the parts, is part of intelligence.

Intelligence is very much related to the possibilities of learning, that is, of acquiring intellect. According to Howard Gardner, for example, American psychologist and educator, creator of the “Theory of Multiple Intelligences”, the Human Being, regardless of age, can learn certain knowledge in nine different ways, namely logical-mathematical, linguistic, interpersonal, intrapersonal, bodily, spatial, musical, naturalistic and existential. This theory argues that, in the formal education process, emphasis is placed on presenting knowledge to students in each of these ways, thus making teaching as democratic as learning.

Do you see in this the relationship between intellect and intelligence? They are like different sides of the same coin, so, just as it makes no sense to feed the intellect without knowing how to make good use of it, as a result of the development of intelligence, there is no point in trying to develop intelligence without having the repertoire to do so – things of the intellect.

And where does Consciousness fit into this story? Well, neither one thing nor another, and both at the same time.

The relationship between intellect and Consciousness is the result of the possibility of developing reason, which, despite being opposed to Consciousness, allows those who use it to walk increasingly straighter.

Intelligence, on the other hand, relates to Consciousness through its link with Truth. After all, it is up to intelligence to seek and find the truth as it is, without reservations, and it is up to Consciousness to practice it.

In this context, the more reason one has, as a result of intellect, and the better perception of truth one develops, as a result of intelligence, the greater the capacity of the Human Being to awaken, develop, and build their Consciousness.

Knowing all this, I go back to our first question: should we not praise our children and students for their intelligence?

Conscientiologist, Educator with experience at all levels of Basic Education in Brazil, and Specialist in Teaching and Self-knowledge, Consciousness and Education, Neuropsychology, and Psychopedagogy. Master’s student in Clinical and Counseling Psychology with a focus on Job Satisfaction, Decent Work, Big Five Personality Factors (Big Five), and Mental Health. Teacher of undergraduate and postgraduate courses in face-to-face and distance learning modes. Coordinator of the Support, Accessibility, and Inclusion Center at a Brazilian College. Speaker with international experience in Denmark, Australia, the United States, Mexico, Portugal, and Brazil. Writer of several articles and book chapters, as well as the series “Approaches to Consciousness in its Pragmatism”. Consultant in Education Sciences in several public and private companies.

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Esses dias ouvi de um profissional da saúde mental que não devemos encorajar nossos filhos e alunos parabenizando-os por sua inteligência. Aquilo me deixou encucada. Como não encorajar uma pessoa a desenvolver cada vez mais a sua inteligência, ainda mais num momento onde este deve ser seu maior e principal labor? 

Refletindo sobre isso me vi tomada por outra grande questão: será que ao dizer inteligência o profissional não quis se referir ao intelecto? Penso que nesse caso sua declaração faria muito mais sentido.

Essa não seria a primeira vez em que a inteligência fora confundida com o intelecto. Isso ainda ocorre com muita frequência, como no caso do Teste de QI, cuja sigla refere-se ao “Quociente de Inteligência”, quando na verdade seu fim é medir o intelecto.

Não é que a inteligência e o intelecto não se relacionem. Na verdade ambos são imprescindíveis para o desenvolvimento humano e de certo modo até podemos considerá-los interdependentes, mas uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa. 

O intelecto é bruto, refere-se à capacidade de medir, calcular, analisar, olhar para cada parte do todo. Ele alcança o tangível, o conhecido, portanto, imita, copia, interpreta, mas só. Quanto mais intelecto tem o Ser Humano, mais cheio de conhecimento, de informação e, não raro, de ego. Afinal, é do intelectual a tendência à crença na ilusão de que só existe o tangível, e nada mais, ignorando o fato de que a ciência, donde se origina o conhecimento em que ele tanto acredita, ainda que busque sempre concluir, definir e comprovar, não é nem deve ser tomada como conclusiva, definitiva ou mesmo comprovativa, pois sempre está sujeita a novas descobertas, que pode, inclusive, nunca alcançar.

A inteligência, por outro lado, é criativa, está afeita à resolução de problemas, ao entendimento do que é intangível, ao alcance da verdade. É da inteligência, por exemplo, tender ao infinito, isso porque, ao fazer uso dela, o Ser Humano está em contato direto com o desconhecido, através de uma fonte que não se esgota. Ela é, mesmo que em sua menor partícula, fonte de sabedoria, de novidade, é caminho para que o Ser Humano encontre-se consigo mesmo. Por isso, também, é da inteligência a visão do todo, para além da visão das partes.

A inteligência, inclusive, em muito se relaciona com as possibilidades de aprendizagem, isto é, de aquisição do intelecto. Segundo Howard Gardner, por exemplo, psicólogo e educador estadunidense, criador da “Teoria das Inteligências Múltiplas”, o Ser Humano, independentemente da idade, pode aprender determinados conhecimentos de nove formas diferentes, sendo elas as “inteligências” lógico-matemática, linguística, interpessoal, intrapessoal, corporal, espacial, musical, naturalista e existencial. Essa teoria defende que, no processo formal de educação, se prime por apresentar os conhecimentos aos estudantes de cada uma dessas formas, tornando assim o ensino tão democrático quanto o aprendizado.

Percebe nisto a relação entre o intelecto e a inteligência? Eles são como lados diferentes da mesma moeda, por isso, assim como não faz sentido dar pasto ao intelecto sem que se saiba fazer bom uso disto, fruto do desenvolvimento da inteligência, não adianta tentar desenvolver a inteligência sem que se tenha repertório para isso – coisa do intelecto.

E onde entra a Consciência nessa história? Bom, nem numa coisa, nem noutra, e nas duas ao mesmo tempo.

A relação do intelecto com a Consciência se dá fruto da possibilidade de se desenvolver a razão, que mesmo sendo diametralmente oposta à Consciência, possibilita a quem faz uso dela, um caminhar cada vez mais reto.

Já a inteligência, se relaciona com a Consciência pelo seu elo com a Verdade, afinal, é da inteligência buscar e achar a verdade como ela é, sem ressalvas, e é da Consciência praticá-la.

Nesse âmbito, quanto mais razão se tem, fruto do intelecto, e quanto melhor percepção da verdade se desenvolve, fruto da inteligência, maior é a capacidade do Ser Humano despertar, desenvolver e construir sua Consciência.

Agora, sabendo de tudo isto, volto à nossa primeira questão: será mesmo que não devemos encorajar nossos filhos e alunos por sua inteligência?

Consciencióloga, Educadora com experiência em todos os níveis da Educação Básica no Brasil, Especialista em Ensino e Autoconhecimento, Consciência e Educação, Neuropsicologia e Psicopedagogia. Mestranda em Psicologia Clínica e de Aconselhamento com foco em Satisfação no Trabalho, Trabalho Digno, Cinco Grandes Fatores da Personalidade (Big Five) e Saúde Mental. Docente em cursos de Graduação e Pós-graduação nas modalidades presencial e à distância. Coordenadora do Núcleo de Apoio, Acessibilidade e Inclusão numa Faculdade Brasileira. Palestrante com experiência internacional em Dinamarca, Austrália, Estados Unidos, México, Portugal e Brasil. Escritora de diversos artigos e capítulos de livro, bem como da série “Abordagens sobre a Consciência em seu Pragmatismo”. Consultora em Ciências da Educação em diversas empresas de cunho público e privado.

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What exactly is responsibility? What will the relationship between this and Consciousness be? Does Consciousness produce responsibility or does responsibility produce Consciousness?

It doesn’t seem very difficult. After a long reflection upon the subject, to understand that there is a Human being’s responsibility towards everything they are directly related to even before they are aware of it. After all, their actions tend to generate commitments that, in turn, generate their responsibilities.

The question that arises from this is: what to do from here?

Once again I find myself in the famous and ever-present answer to the broad and varied list of questions linked to everything in Life: Consciousness!

This is because, when Human Beings awaken their Consciousness, it seems that a new world appears, full of new possibilities, notions, and more reflections. It turns out that the world as it is now is not new nor did it emerge since when consciousness awakens. However, the new possibility of recognizing it as it is may cause that impression.

Among these new notions that become accessible when Human Beings awaken their Consciousness, is the notion of responsibility. This, like the notions of commitment, reality, and freedom, needs to be constructed and developed for its own and proper purposes.

This notion concerning responsibility, when well developed, makes it possible for Human Beings to respond to their commitments. These commitments that arise from their relationships with everything that surrounds them, can be configured as great and good opportunities for even greater achievements.

But what happens when Human Beings have no sense of responsibility?

When Human Beings have not yet developed the notion of responsibility, it is soon noticed, as they tend to act in an omissive, lazy, and irresponsible way.

This happens because a weakened or extinguished sense of responsibility does not weaken or extinguish the fact of responsibility and its importance. Importance, not burden, because responsibility is, for Human Beings, like a springboard, which can be used to help them achieve everything that may seem distant.

As Human Beings, we must always do the best we can. This is our sacred responsibility, as is presented in a sentence attributed to Albert Einstein. But it isn’t possible to do the best without having the notion that the best exists and only depends on ourselves, although it will only be available when our Consciousness awakens.

Without Consciousness, it isn’t possible to have a notion of responsibility, which means that Human Being continues to tend to live always justifying everything inaccurate that occurs in their life and pointing out others as guilty of their failures. Without Consciousness Human Beings stay revolted by everything and everyone around them, waiting for a miracle or something else to achieve the resolution of all their problems.

Is it good for any Human Being to continue living like this? Maybe not.

Especially because, even when Consciousness is not awakened, built, and developed to its maximum power, it exists and is always available to Human Beings, requiring them always to do their best, and costing a lot for any inconsequential action that they can still practice.

After all, Consciousness exists and deserves to be, by Human Beings, used as it should, not by privilege, but by innate condition. Because Human Beings can and must bear the responsibility equivalent to the capacity that they have to develop Consciousness, in much greater proportions than any other animal, for example.

From this perspective, if a butterfly can be responsible for causing a typhoon in some distant place due to the flapping of its wings, Human Beings can be responsible for causing damage of even greater proportions through their inconsequential actions.

On the other hand, with awakened Consciousness Human Beings will tend to have the notion of responsibility; this way, they will have the possibility of living and doing even more and better than today; and thus, they will have even more chances to think and act in a good way and be responsible for even greater resolutions and achievements, which can even benefit all of humanity.

All of this is a matter of responsibility.

Mini-Biography Juliana Costa

Conscientiologist, Educator with experience at all levels of Basic Education in Brazil, and Specialist in Teaching and Self-knowledge, Consciousness and Education, Neuropsychology, and Psychopedagogy. Master’s student in Clinical and Counseling Psychology with a focus on Job Satisfaction, Decent Work, Big Five Personality Factors (Big Five), and Mental Health. Teacher of undergraduate and postgraduate courses in face-to-face and distance learning modes. Coordinator of the Support, Accessibility, and Inclusion Center at a Brazilian College. Speaker with international experience in Denmark, Australia, the United States, Mexico, Portugal, and Brazil. Writer of several articles and book chapters, as well as the series “Approaches to Consciousness in its Pragmatism”. Consultant in Education Sciences in several public and private companies.

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O que é mesmo responsabilidade? Qual será a relação disso com a Consciência? Será que a Consciência produz a responsabilidade ou a responsabilidade é que produz a Consciência?

Parece não ser muito difícil após longa reflexão sobre o assunto, entender que a responsabilidade do Ser Humano para com tudo que ele se relaciona diretamente existe antes mesmo dele ter noção disso, afinal suas ações tendem a gerar compromissos que, por sua vez, geram suas responsabilidades.

A questão que surge agora é: o que fazer a partir disto?

Mais uma vez me pego na célebre e sempre presente resposta para amplas e variadas questões ligadas a tudo que tem Vida: Consciência!

Isso porque, quando o Ser Humano desperta sua Consciência lhe parece que um novo mundo surge, cheio de novas possibilidades, noções e mais reflexões. Ocorre que o mundo agora visto não é novo nem surgiu a partir de então, embora a nova possibilidade de reconhecê-lo como ele realmente é possa causar essa impressão.

Dentre essas novas noções que tornam-se acessíveis quando o Ser Humano desperta sua Consciência, está a noção de responsabilidade, que assim como as noções de compromisso, realidade e liberdade, precisa ser construída e desenvolvida para seus próprios e devidos fins.

Essa noção, a de responsabilidade, quando bem desenvolvida, torna possível ao Ser Humano responder à altura dos seus compromissos, que advindos das relações dele com tudo que o cerca, podem se configurar como grandes e boas oportunidades para realizações ainda maiores.

Mas e quando o Ser Humano não tem noção de responsabilidade?

Quando o Ser Humano ainda não desenvolveu a noção de responsabilidade logo se percebe, pois ele costuma agir de forma omissa, preguiçosa e irresponsável.

Isso acontece porque um senso de responsabilidade enfraquecido ou extinguido, não enfraquece nem extingue o fato da responsabilidade e toda a importância que ela tem. Digo importância, e não fardo, porque a responsabilidade é, para o Ser Humano, como um trampolim, que se bem utilizada favorece ao alcance de tudo que pode até então parecer distante.

Como Seres Humanos, parafraseando uma sentença atribuída a Albert Einstein, temos que fazer sempre o melhor que pudermos, sendo essa nossa sagrada responsabilidade. Mas não é possível fazer o melhor sem termos a noção de que o melhor existe e só depende de nós mesmos para ocorrer, embora só esteja disponível quando do despertamento da nossa Consciência.

Sem a Consciência, volto a dizer, não há noção de responsabilidade, o que faz como que o Ser Humano continue tendendo a viver como que no abismo de sua própria inferioridade, se justificando sempre por tudo de inexato que ocorre em seu viver, apontando o outro como culpado por seus fracassos e ainda, revoltado com tudo e com todos que o cercam, esperando que caia do céu ou saia na boca do caixa, por um milagre ou outra coisa qualquer, a resolução de todos os seus problemas.

Será que para algum Ser Humano vale mesmo a pena continuar a viver assim? Talvez não.

Até porque, embora a Consciência, sempre disponível ao Ser Humano, ainda que não despertada, construída e desenvolvida em sua máxima potência, não exija dele que faça sempre o melhor, tende a cobrar muito caro por qualquer ação inconsequente que ainda possa ser praticada.

Afinal Ela, a Consciência, existe e merece ser, pelo Ser Humano, utilizada como deve, já que, não por privilégio, mas sim por condição inata, Ele pode e deve arcar com a responsabilidade equivalente à capacidade que tem de desenvolvê-la, em proporções muito maiores que a de qualquer outro animal, por exemplo.

Nessa perspectiva, se uma borboleta pode ser responsável por causar um tufão em algum lugar distante devido ao bater de suas asas, pode, o Ser Humano, ser responsável por causar estragos de ainda maiores proporções, quando de suas ações inconsequentes.

Com a Consciência desperta, por outro lado, o Ser Humano tenderá a dispor da noção de responsabilidade; assim, terá a possibilidade de viver e fazer ainda mais e melhor do que hoje; e assim, terá ainda mais chances para pensar e agir de forma a ser responsável por resoluções e realizações ainda maiores, que possam beneficiar, inclusive, toda a humanidade.

Tudo isso é questão de responsabilidade.

Consciencióloga, Educadora com experiência em todos os níveis da Educação Básica no Brasil, Especialista em Ensino e Autoconhecimento, Consciência e Educação, Neuropsicologia e Psicopedagogia. Mestranda em Psicologia Clínica e de Aconselhamento com foco em Satisfação no Trabalho, Trabalho Digno, Cinco Grandes Fatores da Personalidade (Big Five) e Saúde Mental. Docente em cursos de Graduação e Pós-graduação nas modalidades presencial e à distância. Coordenadora do Núcleo de Apoio, Acessibilidade e Inclusão numa Faculdade Brasileira. Palestrante com experiência internacional em Dinamarca, Austrália, Estados Unidos, México, Portugal e Brasil. Escritora de diversos artigos e capítulos de livro, bem como da série “Abordagens sobre a Consciência em seu Pragmatismo”. Consultora em Ciências da Educação em diversas empresas de cunho público e privado.

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Consciousness proves that Freedom is the cause, effect, and destiny of every Human Being.

Human Beings come to understand not only the world in which they are inserted but also their relationships within it, upon awakening, developing, and building their Consciousness. But mainly their internal world and what comes to light when one relates to themselves and all things. It is there, and only there, in this whole understanding, where Freedom lives.

This is because Freedom does not imply ideas, conditions, desires, or anything equivalent. After all, you cannot experience Freedom while you are tied to ideas of freedom, or even if you are imposing conditions on this.

In the same sense, the desire to be free does not produce the state of being free. Thus, this gives evidence that, deep down, those who most yearn for Freedom may have already realized that they still don’t have it, or worse, they have already lost it, which is truly dangerous.

In the same sense, those who live in desire and the desire to be free do not experience their Freedom, as no desire produces the state of free being, a time which also highlights the lack of Freedom of those who live from this desire, giving evidence that, in the Deep down, those who most yearn for Freedom may have already realized that they still don’t have it, or worse, they have already lost it, which is truly dangerous.

This is because whoever lives from the desire for Freedom lives the greatest of all confusions. This is much more dangerous than any magic thought. These thoughts are filled with the illusion that being free means doing only what you want and what you can, when in fact Freedom is rooted in doing what is necessary with responsibility.

Human Beings distance themselves from the reason for their existence when Freedom is unbalanced. They begin to fill themselves with material things, while, in truth,  they should be getting rid of these things. Because Freedom is present in empty spaces made possible by Consciousness.

By filling oneself with dispensable knowledge, for example, Human Beings can build thoughts unrestrainedly, to the point of becoming even more enslaved by these, to the point of not being able to keep freedom. In this case, Human Beings tend to suffer even more.

Otherwise, when Human Beings deflate themselves with what is dispensable, they have more scope to be free and become able to experience it as a cause. As it is, Freedom provides to Human Beings knowledge about the truth of the essence of existence, through Consciousness.

When Human Beings have this knowledge, they walk freely and well accompanied by the Truth. In this way, although they still face inevitable risks and dangers, and a series of broad challenges in their lives, everything improves if they have a real notion of the Truth about themselves. This is because, with the Truth, even if these experiences result in errors and generate losses, they tend to be quickly repaired.

Certainly, considering Freedom as the cause of the encounter with the Truth and the effect of Consciousness, It already is a destination of every Human Being.

However, if Human Beings do not understand this, they will live as fearful hostages of adversity, weak playthings of life, and cowering servants of the future, half free and half slave to what may occur.

May Human Beings be guided by Consciousness to a new fertile field where they can, as Socrates suggested, dominate their feelings, thoughts, and actions, thus achieving a calm and free life and finding everything that lies beyond confusion.

Mini-Biography Juliana Costa

Conscientiologist, Educator with experience at all levels of Basic Education in Brazil, and Specialist in Teaching and Self-knowledge, Consciousness and Education, Neuropsychology, and Psychopedagogy. Master’s student in Clinical and Counseling Psychology with a focus on Job Satisfaction, Decent Work, Big Five Personality Factors (Big Five), and Mental Health. Teacher of undergraduate and postgraduate courses in face-to-face and distance learning modes. Coordinator of the Support, Accessibility, and Inclusion Center at a Brazilian College. Speaker with international experience in Denmark, Australia, the United States, Mexico, Portugal, and Brazil. Writer of several articles and book chapters, as well as the series “Approaches to Consciousness in its Pragmatism”. Consultant in Education Sciences in several public and private companies.

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A Consciência é tudo que há! E essa não é uma afirmação apenas minha, mas também do neurofisiologista Tony Nader, que em suas buscas por entender o Ser Humano, encontrou-se no estudo da Consciência e aprofundou-se a ponto de não restar dúvidas quanto à relação disto com a felicidade.

A Consciência, como qualidade humana inteiramente à nossa disposição, quando despertada, construída e desenvolvida nos livra de sermos rebeldes construtores do sofrimento, pois nos desobriga da ideia deturpada de que a felicidade é algo a ser alcançado com esforços tremendos, por exemplo, e nos leva a sermos obedientes construtores da felicidade imorredoura, isto é, nos torna e mantém fiéis a nós mesmos, por nos oportunizar o entendimento de que a felicidade é e está no princípio da nossa existência, e não deve ser dita ou tida como meta de ser humano algum.

Isso porque ela, a felicidade, nos conduz à autointegração, à virtuosidade, à essencialidade, pois é aí onde ela está, logo, só assim podemos encontrá-la. Para tanto, precisamos primar por um viver consciente, guiado pela atenção plena, pela vigilância constante e pela percepção inabalável, afinal, enquanto atentos, conseguiremos observá-la em tudo, enquanto vigilantes poderemos reconhecê-la em nós, e enquanto perceptivos o bastante tenderemos a não perdê-la de vista, ou mesmo nos perdermos dela, que como dito, deve ser nosso norte.

Desse modo, buscando sempre e cada vez mais despertar, construir e desenvolver a Consciência, no Ser Humano e na sociedade, tenderemos a nos afastar de tudo que é dispensável, isto é, de tudo que tenta nos afastar da felicidade que tanto merecemos, isso porque Ela, a Consciência, é um recurso para quem prima por ter cada vez menos problemas em seu viver, e é aí, e só aí, onde a felicidade é tão duradoura, quanto inexistente é a dor.

Numa sociedade, por exemplo, onde ainda não se fomenta a consciência em grau significativo o bastante, não há cumprimento de Lei, logo, não há Ordem, nem individual, nem social; se não há ordem, há confusão, conflito, caos. E assim como há de haver a possibilidade sequer de se viver feliz? Não há! Afinal, o viver feliz deve ser ao mesmo tempo dinâmico e equilibrado, coisa que só a Consciência provê.

Enquanto não entendermos isso continuaremos com uma visão deturpada quanto à felicidade, achando, por exemplo, que ela não é algo espiritual, quando na verdade felicidade implica em ser o que em essência se é, coisa que traz como resultado a paz que tanto se almeja; esta que não está afeita aos prazeres sensoriais, mas sim extrassensoriais; não ao conhecimento, mas ao autoconhecimento; não à vicissitude, mas à virtude; portanto, não ao poder, mas à plenitude.

Sabendo disso, não há sentido em continuarmos alimentando em sociedade a ilusão da busca incessante e do encontro urgente da felicidade fora, onde, de fato, ela não pode nem nunca poderá ser encontrada.

Nesse sentido o pesquisador e professor de Psicologia e Bem-estar Todd Kashdan nos alerta para o fato de que à medida que os Seres Humanos sucumbem à pressão social por serem felizes a qualquer custo e constroem suas vidas tendo como objetivo primeiro se tornarem felizes, acabam se tornando menos felizes.

Essa busca desenfreada nos dá indícios de seu fracasso diariamente, seja através do descontentamento estagnador quanto ao lugar onde estamos, do fomento à eternização do prazer, da falta de unidade insuspeitável entre o que sentimos, pensamos e a forma como agimos, ou mesmo através do fato de ainda não termos conseguido fazer do nosso lar um templo da felicidade e continuarmos olhando sempre para o que está além daqui, acreditando que a felicidade está à nossa espera, em algum lugar adiante.

 Ledo engano! A felicidade não é algo encontrável, ainda que só se manifeste onde não existe caos. Ela não está na confusão, não está na dúvida, não está na crítica, não está na vingança, não está no sofrimento, não está na penitência nem nunca estará, e isso o olhar atento, vigilante e perceptivo o bastante pode testemunhar.

Ela também não está na diversão, ou melhor, na distração, e quanto menos noção real tivermos disto, mais chances teremos de continuar infelizes e infelicitando aqueles que também desatentos, descuidados e desavisados, estiverem ao nosso redor. Isso porque a felicidade fajuta reverbera como caos e não guia ninguém à plenitude.

Refletindo nessa perspectiva, podemos nos esbarrar na ideia de que a solução para se viver feliz é então o isolamento, certo? Outro engano! A felicidade sempre é compartilhada, transborda e transcende todos os limitadores da convivência que possamos ainda cultivar. Ela não é fruto da civilidade, não é produto das circunstâncias do nosso viver, não é dispensável e não tem atalhos.

Para Suzie e James Pawelski, escritores do livro Happy Together,

o que nos conduz à boa convivência e à felicidade é o fato de não focarmos apenas no que vai mal nas relações, mas primarmos por criar o hábito do equilíbrio, de sermos gratos pelo que vai bem, o que faz muito sentido ao compreendermos que a felicidade não é um fim, mas um princípio que pode e deve ser utilizado como meio de ação para os que já desejam ser, de fato, felizes, ainda que não seja fundamental ser feliz, mas ser a própria felicidade.

Para tal, a Consciência, pois assim como o analfabeto folheia um livro e não o entende, o incompreensivo vive em contato direto com a felicidade, mas não a compreende e tende a viver um longo culto ao dispensável, originando e desenvolvendo em si a decepção, a dor e o sofrimento.

Despertemos então a nossa Consciência a ponto de sermos inquietos quanto à felicidade, ou melhor, sejamos nossos próprios cientistas da felicidade, como alude Mark Williamson, líder da iniciativa Action for Happiness, e assim, de uma vez por todas, a encontraremos, afinal, para todos os outros seres a felicidade é existir, mas para o Ser Humano é ter a consciência da existência dela, em si.

Consciencióloga, Educadora com experiência em todos os níveis da Educação Básica no Brasil, Especialista em Ensino e Autoconhecimento, Consciência e Educação, Neuropsicologia e Psicopedagogia. Mestranda em Psicologia Clínica e de Aconselhamento com foco em Satisfação no Trabalho, Trabalho Digno, Cinco Grandes Fatores da Personalidade (Big Five) e Saúde Mental. Docente em cursos de Graduação e Pós-graduação nas modalidades presencial e à distância. Coordenadora do Núcleo de Apoio, Acessibilidade e Inclusão numa Faculdade Brasileira. Palestrante com experiência internacional em Dinamarca, Austrália, Estados Unidos, México, Portugal e Brasil. Escritora de diversos artigos e capítulos de livro, bem como da série “Abordagens sobre a Consciência em seu Pragmatismo”. Consultora em Ciências da Educação em diversas empresas de cunho público e privado.

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