Quando o inesperado acontece
Por Alexandre Martins
Nossas vidas são regidas por nossas necessidades básicas e adicionamos nossos desejos pessoais nos intervalos de nossas obrigações. Criamos rotinas de vida, onde reclamamos por elas nos tornarem autômatos que vivem para trabalhar, porém também reclamamos quando as perdemos enfim somos seres difíceis de agradar.
Estas tais rotinas têm efeitos diversos em cada um de nós, para alguns elas são ruins e desgastantes para outros geram segurança de ação e conforto por saber que elas estão lá para regerem nossas vidas.
A questão é que de toda forma a quebra destas rotinas em determinadas circunstâncias podem gerar o caos em nossas vidas. Caos de tal forma que destruirá todo o nosso planejamento de vida. Este é o ponto de ruptura humana onde aplicamos os ensinamentos, regras, conceitos e ações adquiridas com os estudos e ensinamentos da sobrevivência e do sobrevivencialismo.
Como o título deste texto, quando o inesperado acontece, deixamos de ter o pouco controle que tínhamos em nossas vidas dentro de nossas rotinas e perdemos algo que não tínhamos conhecimento de sua importância que era a sensação de segurança que estas rotinas proporcionavam a nos serem humanos.
Diante do caos de um desastre automobilístico, natural, desordem social, ruptura de sistemas e conflitos armados; que acontecem hoje em diversos locais do mundo, o ser humano comum fica a total mercê do acaso e assim se torna estatística e mais uma vítima.
É neste momento de ruptura é que o indivíduo preparado, treinado e condicionado a reagir a situações desta natureza, se sobressai diante as adversidades. Dentro de nossas vidas precisamos como espécie achar uma forma de entender que somos vulneráveis a nossas próprias escolhas e ainda as escolhas de outros, devemos entender que a reação a estas imposições da vida são inerentes as nossas vontades e não adianta reclamar, achar que não merecemos isto, porque acontece isto comigo, enfim, coisas ruins acontecem com pessoas boas.
A prevenção é infinitamente mais barata que a remediação, ter e desenvolver a visão de segurança assim como aprender a não ser mais uma vítima do acaso obvio é parte do treinamento do indivíduo que pretende não fazer parte das estatísticas.
Diversas regras e conceitos podem ser aplicados e implementados para ajudar e apoiar o indivíduo a se sobressair de uma situação de emergência e caos. Todas estas ações se desenrolam quando nos predispomos a adquirir e pôr em prática conceitos de preparação relacionados a sobrevivência e ao sobrevivencialismo, tais conceitos podem ser aplicados não somente em situações de caos ou emergência, mas também em nosso dia a dia possibilitando ao individuo um olhar diferenciado sobre diversos aspectos de suas vidas. Como por exemplo entender e identificar ameaças nas ruas, intensões maliciosas de terceiros, entender e aprender que boas escolhas devem ter como premissa a observação e os detalhes de situações e de pessoas, adquirir foco e evitar a dispersão de atenção e tempo em ações e situações desnecessárias ao fato e por fim possibilita ao individuo entender que o tempo é o seu bem mais precioso, que perdido, desperdiçado ou mal empregado não se recupera ao contrário de que este bem aplicado e planejado rende frutos e porque não dizer dividendos.
É quase uma obrigação do ser humano dos tempos modernos entender que aprender e pôr em prática conceitos e técnicas de sobrevivencialismo são indispensáveis para evitar desastres pessoais que com certeza, como dizia Murphy “se pode dar errado, vai dar errado só resta saber quando” assim ao invés de reclamar do fato ocorrido, previna-se para que quando ele ocorrer você estará preparado para as consequências ou no mínimo terão um impacto menor em nossas vidas.
Desta forma é fato que a prevenção é infinitamente mais barata que a remediação, que planejar suas ações, mesmo as mais simples, evita grandes prejuízos e a perda de tempo. Que os fatos e acontecimentos de nossas vidas não são ao acaso trazem ao ser humano a compreensão que basta um momento de descuido para aquelas nossas rotinas desaparecerem e as consequências ruins em nossas vidas se apresentem.
Assim vamos parar de planejar futilidades e começar a focar em necessidades pois ganância não é prosperidade, prosperidade não é ter grandes fortunas, riquezas não são bens materiais e sim aquilo que nos é mais precioso na vida ou seja defina suas prioridades. Meu conselho tenha o necessário para ter uma boa vida, seja simples e comedido em suas necessidades, aprenda a suportar a dor e o desconforto sem reclamar, seja útil, porém não seja escravo de suas palavras e ações. Acima de tudo esteja preparado para o pior, porém ore sempre pelo melhor.
Fiquem bem e seguros.
Gestor de Segurança Privada, Cadastrado junto a Polícia Federal como Instrutor de Formação de Agentes de Segurança Privada, Instrutor de Sobrevivência em Ambientes Hostis, Cadastrada junto a ANAC como Instrutor de formação de Comissários de Voo – Sobrevivência, Emergência e Combate ao Fogo. Produtor de Conteúdo do Canal Preparador Anônimo no Youtube, Escritor autor de três livros ligados ao tema da sobrevivência, sobrevivencialismo e segurança, Colunista do site Defesa TV – Defesa e Segurança Privada. Formação técnica em Agropecuária e Construção Civil Edificações.
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