Por Thais Conte

A vida frequentemente nos lança desafios e obstáculos inesperados, testando nossa determinação e nos empurrando para além de nossas zonas de conforto. Diante da adversidade, a resiliência emerge como um farol de esperança, guiando-nos pelos momentos mais sombrios e nos capacitando a sair mais fortes do outro lado. Quando saímos da nossa zona de conforto e que evoluímos como pessoa, e quando desenvolvemos habilidades ainda desconhecida por nos. Quem diria que eu, uma menina tímida que morria de medo de falar em público, hoje não se reprimi nem mesmo diante dos grandes, pois grandes eles não são mais para ela, pois ela sabe seu valor e os encaram como iguais.

A resiliência é mais do que simplesmente superar contratempos; trata-se de aproveitar a força interior e a adaptabilidade para prosperar diante da adversidade. É a capacidade de dobrar sem quebrar, de enfrentar as tempestades da vida com graça e coragem. Ah, a coragem! Coragem não ausência de medo e não deixar de enfrentar esses medos. Não vencemos nossos medos da noite para o dia, isso requer tempo, treinamento, e vontade de vencê-lo.

Em sua essência, a resiliência está enraizada na mentalidade – a crença de que os desafios não são obstáculos insuperáveis, mas oportunidades de crescimento e transformação. Trata-se de cultivar uma mentalidade resiliente que encara os contratempos como obstáculos temporários, em vez de derrotas permanentes, e o fracasso como um trampolim para o sucesso. Se soubéssemos o poder que nossa mente tem sobre nós e como trabalhar isso desde jovens, muitos obstáculos seriam rompidos mais cedo e com menos sofrimento que geralmente são.

Indivíduos resilientes possuem um conjunto de características-chave que os capacitam a navegar pelos desafios da vida com graça e resiliência. Eles exibem uma determinação inabalável, recusando-se a serem derrotados por contratempos ou obstáculos. São adaptáveis, capazes de ajustar sua abordagem em resposta às circunstâncias em mudança. Possuem um senso de otimismo, enxergando desafios como oportunidades de crescimento, em vez de barreiras insuperáveis. E, talvez o mais importante, eles têm uma forte rede de apoio – amigos, família e comunidade – que oferece incentivo e orientação durante momentos difíceis, mas nem sempre temos a sorte de ter essa rede de apoio, dependendo de nós mesmos, de uma forca superior que eu chamo de fé. Quanto penso em otimismo, não me vejo como uma Poliana, mas sim como uma pessoa que tem a opção de se entregar ao que me deixa triste ou lutar para mudar minha percepção do que aquilo me ensinou e como hoje sou melhor e mais feliz e que o ocorrido apenas fez parte do meu processo de aprendizado. Aprendi a ser grata até mesmo por isso, pois a pessoa que sou hoje eh a soma de todas as coisas que eu vivi, e muitas delas não tão boas assim.

Mas a resiliência não é apenas uma característica individual; também é uma força coletiva que une comunidades em tempos de crise. Diante da adversidade, as comunidades se unem para se apoiarem mutuamente, compartilhando recursos e conhecimentos para superar desafios comuns. É essa resiliência coletiva que permite às comunidades não apenas sobreviver, mas prosperar diante da adversidade.

No final, a resiliência é uma habilidade que pode ser cultivada e desenvolvida ao longo do tempo. Ao abraçar os desafios da vida com coragem e perseverança, ao reconstruir contratempos como oportunidades de crescimento e ao construir uma forte rede de apoio, podemos cultivar a resiliência e emergir dos desafios da vida mais fortes, mais sábios e mais resilientes do que nunca.

E deixo para vocês a “graça” de como lidar com os desafios da vida, palavra que remete a maneira leve e aparentemente tão simples do movimento das bailarinas, lembrando que quesito leveza vamos deixar para nosso próximo artigo.

Thais Conte é uma brasileira que já morou em cinco países e dez cidades e teve que aprender, desde muito jovem, o significado da palavra resiliência.
Recentemente, foi uma das idealizadoras do evento Women Talk Network e uma das idealizadoras da Brazilian Expo em Atlanta.
Thais é mãe, autora, rotariana orgulhosa e formada em Administração de Empresas.

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