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Ajuste as velas

Por Bruno Simoni

Adoro metáforas. Principalmente as que consigo vivenciá-las na prática e refletir logo após ter experienciado, ainda tendo em mim a vibração da energia gerada pelo momento.

Recentemente, numa velejada do Movimento Bora Viver, meu amigo velejador Léo nos falava sobre a importância de ajustar as velas para aproveitar ao máximo o vento. Muitas vezes as mudanças fazem parecer que estamos seguindo em uma direção errada. Mas, com o ajuste das velas, o barco imprime uma maior velocidade e, mais a frente, com um novo ajuste, o nosso destino é novamente avistado. Assim é também na vida! A esse ajuste de velas podemos comparar com a resiliência, com a flexibilidade e, por que não com a persistência?

Um exemplo para evidenciar essa situação é quando conseguimos combinar, depois de muita adequação de agendas, um calendário de atividades. Velas ajustadas, você todo feliz começa a navegar e, de repente… O vento muda, uma das agendas muda. É como se as próprias velas do barco o fizessem parar ou pior, andar no sentido contrário. Qual o sentimento nesse momento????

 

Revolta? Desespero? Indignação? Medo?…

 

Pois é… isso não vai resolver…

Respire e ajuste as velas do seu barco…

Esteja consciente de estar fazendo o melhor, que está preparado para manobrá-lo, identifique a nova direção que o vento soprou, ajuste as velas de acordo com ela, busque voltar a sintonia com a tripulação e sinta o barco velejar novamente.

E se… estiver sozinho no barco?

Isso pode acontecer sim…

Nesse caso, uma outra metáfora que já ouvi e que, a depender do barco, não se aplica, mas que faz muito sentido é: “Se não tiver vento, REME. Não pare de REMAR”. Em relação a vida, ela se adequa muito bem também. Vai existir momentos que não terá “o vento” para movimentar o barco e, não é por isso que podemos parar para esperá-lo voltar. É preciso remar e seguir em frente, com foco no objetivo e manter em movimento.

É impressionante como a energia da ação contagia. Além de me manter vivo, essa energia atrai novos navegadores que sintonizados, passam a remar junto. Percebi isso ao viver uma experiência numa canoa havaiana ou canoa polinésia. Uma experiência transformadora para despertar o sentido de união, de conexão. A canoa flui quando percebo que eu sou o remo, sou a canoa, sou o outro remador, sou o mar… somos todos UNO…

Sugiro que assistam ao filme Moana – Um mar de aventuras, da Disney. Uma linda história na qual pode-se ver a importância de ajustar as velas, aproveitar as correntes marinhas e remar quando necessário. Tudo em sintonia com o propósito e superando todas as crenças. Sou suspeito, adoro esse filme que merece um texto só para ele, mas já foi motivo de uma ciranda de filmes on-line com mais de duas horas de lindas e profundas reflexões.

Só dando um pequeno spoiler, Moana foi capaz, não só de mudar sua história, mas de toda sua comunidade, resgatando a sua essência, que muitas vezes, como uma chama, vai se apagando por falta de ar, de vento…

Então, que tal respirar um pouco, olhar ao seu redor, avaliar as condições do vento e, principalmente, saber para onde você quer ir?

E aí sim, agora ajuste as suas velas e curta a viagem!!!!

Ah!!! Pode ter certeza que você nunca estará só…

Nota: Filme da Disney: Moana, um mar de aventuras.