A Consciência, a dúvida e o Desiderato Humano
Por Juliana Costa
Todo Ser Humano, em algum momento de sua existência, duvida. Duvida do futuro, duvida de outro ser humano, duvida até de si mesmo. E não há problema nisso, ou melhor, não há problema em experimentar isso. Problema mesmo seria viver na, da e com a dúvida, sem trabalhar para compreendê-la.
Sim. Compreender a dúvida, até porque essa é a única forma de realmente resolvê-la: olhando para sua raiz a ponto de conceber de onde ela vem. Do contrário, caso nós, Seres Humanos, optemos por apenas deixar a dúvida de lado, não dar atenção a ela ou mesmo fingir que ela não existe, vamos dar espaço para que ela cresça desenfreadamente. Isso porque o ser humano só controla o que conhece; o desconhecido não pode ser controlado.
É aí, nessa máxima, que se fundamenta a necessidade de não só compreendermos nossas dúvidas, mas buscarmos compreender tudo que existe e nos atinge, quer direta ou indiretamente, afinal, tudo que vivemos nos levará para onde devemos, ou melhor, onde podemos chegar. Eis o nosso desiderato.
Veja, não é que esse fato, isto é, o de termos um desiderato, seja algo determinado por uma força maior ou o que quer que seja, externo ao próprio ser humano que o percorre. Não. O desiderato humano diz respeito a tudo que ele realiza, quer por dever, quer por direito, através de seu merecimento ou através de seu livre arbítrio.

O que não se pode ignorar, ou melhor, o que não se deve ignorar, é o fato de que embora desde o nosso nascimento estejamos trilhando e seguindo este caminho em direção a este desiderato, quando nos deixamos ser tomados por pensamentos que nos levam a duvidar de nós mesmos e a parir daí fazer crescer mais e mais dúvidas em nosso viver, atrasamos nosso percurso rumo a este desiderato.
A dúvida, vale salientar, não nos distancia deste desiderato, porque todo o percurso para chegar a ele já é e faz parte dele, no entanto, quando podendo correr, se escolhemos andar, ou melhor, se escolhemos tropeçar, cair e demorar de levantar, adiamos o nosso encontro com este fato que está para ser alcançado, isto é, o nosso desiderato.
Eis que surge a chave, a chance, o hiato a partir do qual a dúvida pode ser compreendida e o nosso caminho não mais precisa ser atrasado: a nossa Consciência.
É Ela, e só Ela, que quando usada, nos faz não mais duvidar, nem do futuro, nem de outro ser humano, nem do nosso desiderato e muito menos de nós mesmos, porque a Consciência é a casa da sabedoria, Ela é a última joia a ser alcançada rumo ao sentido de nossa existência, isto é, ao nosso desiderato, e ensina ao ser humano tudo que ele tem condições de aprender, não por imposição, mas por disponibilização; não com apreensão, mas através da atenção; não por acaso, mas por dedicação.
Com consciência: sem dúvidas. Sem dúvidas: com compreensão. Com compreensão: com noção do nosso desiderato à disposição.
Palavras-chaves: Consciência, Desiderato Humano, Dúvida

Consciencióloga, Educadora, Mestra em Psicologia Clínica e de Aconselhamento, Neuropsicóloga, Psicopedagoga, Palestrante Internacional, Pesquisadora da temática Consciência com foco no Desiderato Humano.